sábado, 29 de março de 2008

Teoria 13: Comodismo nas relações

Teoria recente.
A idéia é: podemos nos considerar acomodados em uma relação quando estamos com a pessoa pelo contexto que é possível estar inserido estando com ela, e não pelo prazer que estar com esta pessoa especificamente pode proporcionar. Ou seja, se extrairmos a pessoa do cenário e encaixarmos alguém de seu interesse no lugar, daria na mesma.

Exemplos: se vc tiver uma companhia igualmente ou mais interessante para ir para uma festa, assistir a um filme ou tomar um sorvete, sem precisar passar pelo stress de um término de relação, pelo nervoso de conhecer alguém que lhe dê segurança e que não terminará inesperadamente, você estará satisfeito.

quarta-feira, 19 de março de 2008

Teoria 12: Expectativa dos arredores.

Essa teoria eu criei observando ambientes escolares e familiares. É pura neurolinguística.

A teoria: As pessoas agem (e reagem) exatamente como as outras ao seu redor esperam que elas ajam (ou reajam).

Situação 1: Em uma família, há três filhos. O caçula é nitidamente visto como o ovelha negra. Talvez devido a alguma situação banal que poderia ter acontecido com qualquer um (quebrar a televisão da vizinha, por exemplo). A partir do momento que o caçula sente o rótulo que lhe é imposto, começa a ter atitudes de acordo com a expectativa da família. Então ele, para não se sentir sem identidade, se comporta de forma rebelde e insensata. E, assim, a família se satisfaz com o "encaixe" do caçula no seu devido estereótipo.

Situação 2: Início de faculdade. 40 alunos. Um aluno se mostra extremamente participativo e estudioso. Depois de um determinado tempo, os colegas juntamente com os professores começam a tratá-lo como o célebre sabe-tudo. E, por mais que se sinta desconfortável em tal papel, o aluno não consegue se desfazer de tal fardo. Se não age como um exímio nerd, sente culpa. Logo, ele continua sendo estudioso e participativo para corresponder às expectativas daqueles que o cercam.

Estudado e comprovado. Caso alguém pense que causa e consequência se misturam nesse caso, lhes explico: uma atitude qualquer pode gerar um rótulo. O problema é que aquilo que poderia ser uma atitude isolada acaba se tornando um comportamento contínuo em função do rótulo já estabelecido. Contra-argumentações?

quinta-feira, 13 de março de 2008

Teoria 11: Conceito de traição para homem e mulher

Teoria postada por Lucio, nos comentários da Teoria número 6:

Situação: Confissão grave em um relacionamento.

Teoria: Homens preferem se deparar com a situação "estou apaixonada por outro" mas que ela não tenha tido um caso com o outro cara. Mulheres preferem a situação "sim, nós dormimos juntos" mas saber q foi um caso de momento, e que não significou nada para ele.

Agora a teoria que desenvolvi diante desta:

Quando o homem trai a mulher com uma qualquer, ela aceita por achar "coisa de homem",
mas não aceita de jeito nenhum quando ele se apaixona por outra, porque é um tapa na cara pra ela, que acha que falhou em algum momento na relação amorosa.

Quando a mulher trai o homem porque se apaixona, o homem pensa que "é típico de mulher",
mas não aceita de jeito nenhum quando ela trai com outro qualquer, porque é como se jogasse na cara que ele falhou em algum momento, sexualmente.

Seria crime dizer que essa teoria absurdamente genial é minha. Devo muito às inúmeras conversas com a Kinna sobre relacionamentos homem x mulher, ao Lu (principalmente por ser meu maior exemplo masculino) e pela Loli, que discutiu comigo essa teoria para chegar a tal formulação.

Teoria 10: Números Ímpares

Essa teoria foi a primeira que eu passei para palavras, a vez que eu gritei pro mundo pela primeira vez "Eu tenho uma teoria!" , e eu quis postar pra complementar a teoria da Kinna sobre "a imposição da vida a dois". Foi também, assim como a dos bebês, baseada na simples observação das pessoas em público.

Teoria: em um grupo grande, se for em número ímpar de pessoas, sempre terá alguém se sentindo isolado. Esse sentimento pode revezar entre as pessoas reunidas ou ter um azarado que carregará o fardo sozinho.

Quanto maior for o grupo, maior a chance de dar certo. Apesar que, em trios, quando não há um forte esforço de pelo menos um dos componentes em fazer todos se sentirem incluidos, essa questão fica gritante. Dividir comida em 3, sentar em 3, conversar em 3... talvez dê mais trabalho fazer malabarismos num programa a 3 para ele dar certo do que correr uma maratona.

É triste, mas é apenas uma consequência desse mundo feito pra dois...

Teoria 9: A reviravolta dos bebês

Essa teoria é simplista, exige mera observação física, e até hoje nunca apareceram contradições:

Bebês/crianças pequenas magras viram pessoas gordinhas/obesas quando crescem e bebês/crianças pequenas gordas se tornam pessoas magrinhas.

Não tem como desenvolver, é só isso. Parece bobo, mas é assustador. E se alguém postar um comentário contradizendo a minha teoria eu vou ficar muito frustrada. Mas fiquem a vontade para concordar com ela!

Teoria 8: Alunos de Psicologia

A teoria foi criada ontem no almoço, entre uma aula de Experimental e outra de Neuro.

A teoria é a seguinte: o curso de Psicologia mistura dois tipos de pessoas que aparentemente nunca se relacionariam - os que observam e os que gostam de ser observados; os que chamam a atenção e aqueles que atendem aos pedidos.

Quem nunca ouviu: "eu faço psicologia porque quero me conhecer melhor"? Em contraponto, quem nunca viu um estudante de psicologia, quieto no meio de uma mesa do bar em que todos vomitam casos de suas vidas, apenas observando, observando...?

Na maior viagem durante o almoço, foi concluído que a psicologia é como uma mágica, que te dá poderes para usar para o próprio bem, ou para... bom, não é para o bem alheio, mas sei lá.

Talvez seja meio antecipado postar uma teoria criada ontem, mas a pressão para escrever aqui anda muito grande. Até porque, tá ficando feio meu baixo teor de teorias publicadas comparado com as da Kinna. Estou começando a enteder a pressão que os professores de Universidades sentem pra publicar o maior número de artigos.

Teoria 7: A duvidadosa (bi)sexualidade masculina.

Essa é uma teoria que eu criei naquela época em que ser "bi" estava na moda (aliás, a moda já passou?). Então todo mundo beijava todo mundo e se achava super descolado em virtude disso. Depois de muitas conversas sobre sexualidade com amigos e amigas das mais diversas orientações sexuais, constatei que a bissexualidade masculina é realmente duvidosa.

A teoria: Não existe bissexualidade masculina.

Argumentação: A sexualidade masculina é definida biologicamente (aquela história de níveis de testosterona no organismo da mãe realmente faz sentido), por isso a rigidez da sexualidade dos homens em geral. Um homem para beijar outro homem precisa sentir uma enorme atração para superar a questão "barba com barba ou pêlo com pêlo". As barreiras que eles precisam transpor são muito maiores devido ao machismo nosso de cada dia. Já a sexualidade feminina é mais flexível e pode ser moldada socialmente. Oras, as mulheres são oprimidas desde a mais tenra infância. Até para tirar a calcinha do bumbum, as menininhas tem que tomar cuidado para que não haja homens olhando; "isso é feio". Tudo que é "bonitinho" para os meninos, é "feio" para as meninas. Logo, pode-se esperar que, muitas mulheres se descubram bissexuais como forma de se rebelarem à opressão promovida pelo sexo masculino e pela sociedade em geral.
E que se queimem os sutiãs por aí.

Teoria que eu comentei com poucas pessoas, mas que já gerou muitas opiniões exaltadas a respeito. Talvez seja simplista demais para um assunto tão complexo, mas pode ser o início de uma grande descoberta. Se o enigma da sexualidade humana estiver resolvido, mereço desfilar no carro double deck da parada gay de São Paulo.

quarta-feira, 12 de março de 2008

Teoria 6: Sensações e Aparências

Bom, essa teoria é uma teoria minha, mas que tem muito mais cara de teoria da Kinna.

A chamada é agressiva: mulheres falam mais do que sentem e homens sentem mais do que falam.

Desenvolvimento: Acredito que a mulher é muito mais preocupada em demonstrar o sentimento, torná-lo único e grandioso. Não acho que seja por sermos falsas. É simples: desde a infância somos estimuladas a dizer de quem gostamos, porque gostamos e o quanto gostamos.
O homem, livre de qualquer pressão em verbalizar seus sentimentos (muito pelo contrário, em alguns momentos é obrigado a esconder), tem um espaço muito maior para simplesmente sentir.

A mulher tem que, quando sente, entender logo o que está sentindo.

Não consigo exemplificar, mas aceito opiniões masculinas.

terça-feira, 11 de março de 2008

Teoria 5: O pensamento premonitório.

Criei esta teoria depois de muitas vezes ter sido desacreditada após contar a amigos e parentes meus presságios e eles nunca acontecerem. Se minha sensibilidade premonitória nunca foi levada a sério, criei uma teoria para explicar o porquê das falhas de minhas previsões.

Teoria: A "premonição" uma vez contada para alguém não se realiza. Mas se você tiver um pensamento premonitório e o mantiver em segredo, o maldito se realiza instantaneamente.

Situação 1: Duas amigas estão se arrumando para ir numa balada aleatória. Uma delas é totalmente apaixonada pelo professor de história- um cara trintão, intelectual e caseiro. A outra em um insight magnífico pressente que o docente estará na balada (apesar da faixa etária e estilo do professor indicarem uma grande impossibilidade de que este frequentasse uma balada). Ao comentar com a amiga apaixonada causa profundo entusiasmo. Tal entusiasmo, no entanto, é frustrado quando ambas já na pista de dança há horas percebem que não há nem sinal do historiador charmoso. A amiga "vidente" é totalmente desacreditada para o resto de sua amizade com a outra.

Situação 2: Uma família está indo viajar de carro. 770 km de percurso em uma estrada em ótimo estado. O carro é novo e o motorista super astuto. O filho mais velho, antes de entrar no carro, "sente" que um acidente vai acontecer. Mas, por medo de parecer neurótico, não comenta nada com o restante da família. 400 km após, em um engarrafamento, o carro de trás desgovernado bate na traseira do carro da família em questão.

Premonição acertada é premonição não-comentada. Simple as that.
Talvez alguma religião consiga refutar essa teoria. Estou sempre à espera.

P.S.: Sim, overdose de mim por aqui, quem sabe assim a outra colaboradora sinta a pressão para postar?

Teoria 4: Pessoas em lugares vazios.

Essa teoria foi criada depois de anos sociofóbicos tentando um refúgio num lugar isolado qualquer; tentativas frustradas de me isolar me levaram a constatar: as pessoas estão sempre pelos arredores. É incrível. Divido a autoria desta teoria com meu excelentíssimo monsieur sociofóbico e igualmente teórico.

A teoria: Pessoas que estão em lugares extremamente vazios buscam ficar perto de outras pessoas.

Situação 1: Praia. Dez graus célsius. Muito vento. Nenhum banhista. Homem que caminhava pela praia resolve a sentar na areia e comer um sanduíche. Pouco tempo depois, um casal de velhinhos senta há alguns metros do homem ainda que haja mais de 10 km de areia como opção.

Situação 2: Metrô. Bancos vazios. Você, entediada, resolve sentar e ler um pouco. Em menos de 10 min, uma senhora senta ao seu lado extremamente concentrada na leitura de uma revista. Coincidência? NO WAY. As pessoas estão sempre em busca uma das outras. Situações sem interesse sexual comprovadas empiricamente ( antes que venham contestar minha teoria alegando que tudo se baseia no mais primitivo instinto de reprodução).

P.S.: Essa teoria não se aplica a casais de namorados no auge da paixão.

Teoria 3: a imposição da vida "a dois".

Depois de longas duas semanas em recesso, resolvi postar hoje uma teoria bem antiga e bem simples. Essa teoria foi elaborada ao longo destes anos em que morei sozinha e, por conseguinte, vivi várias situações como um solitário número ímpar oprimido em um universo onde formar um par é uma imposição.

A teoria: O mundo é feito para duas pessoas. Pessoas "avulsas" não tem espaço para continuarem avulsas. Simples assim. Poltronas de ônibus, mesas de restaurante, carrinhos de montanha-russa, porções de comida, teleféricos, poltronas de trás dos cinemas.

Situação 1: Você está sozinha na fila da montanha-russa do Hopi-Hari. Seus amigos todos não quiseram ir. Você torce para que o lugar ao seu lado fique vazio, mas obviamente isso não acontecerá. Assim que chega sua vez, um indivíduo nervoso e amedrontado é colocado no carrinho junto com você. E você que estava louca para receber uma dose de de adrenalina em paz, agora terá que interagir com o infeliz.

Situação 2: Você está na praça de alimentação de um shopping. Ao sentar à mesa com seu ínfimo almoço, uma família se aproxima e pergunta se pode sentar junto com você, porque não há mais mesas disponíveis. Você, obviamente, se submete com a certeza de que se estivesse minimamente acompanhada, a chance de tal situação acontecer seria potencialmente menor.

Aceito contra-argumentações. Num mundo tão individualista, a imposição de uma vida em pares soa como um deboche.