domingo, 21 de setembro de 2008

Teoria 27: os homens é que são complicados

as mulheres eram complicadas, de fato. também, não tinha como não ser! tantas repressões, necessidade de corresponder a exigentes padrões sociais, impossibilidade de se expressar... tudo foi sustentando essa construção de uma mulher complicada, já que nunca podiam falar exatamente o que estavam pensando, fazendo com que cada vez dessem mais e mais voltas para conseguir então, de forma indireta e em doses moderadas, dizer o que queriam dizer.

o tempo foi passando, e o espaço foi abrindo. as mulheres entraram no mundo do trabalho, ganharam voz, direitos, tudo mais. os homens, tendo agora que conviver com as mulheres como seres humanos que também possuem desejos e vontades, foram aprendendo a lidar com essa mulher complicada, que nunca fala diretamente o que quer dizer.

só que a medida que os homens foram aprendendo, as mulheres foram deixando de ser complicadas, pois não precisavam mais! o que acontece então, é essa teoria, super contemporânea: houve uma inversão de papéis e, hoje, os homens é que são complicados.

eles não fazem o que querem, não dizem o que querem. eles agem de determinada maneira a partir do momento que supõe que a maneira que a mulher está agindo é porque na verdade quer tal coisa, e supondo que ele não quer fazer isso, ele vai agir de outro jeito.

ou seja, a mulher quer A, o homem supõe que ela quer Z, já que disse que quer A, e como o homem não quer Z, ele vai dar um (ih, agora complica)...um S, que é semelhante a Z, mas tem mais a ver com o C, que é o que o homem realmente quer. e não adianta a mulher falar que realmente quer A, que o homem vai entender que realmente ela quer Z, e ainda tratá-la com um sorrisinho de "ahá, pensa que me engana!".

ou seja, realmente confuso!!!
essa é a teoria. já digo de antemão que funciona somente com mulheres que realmente passaram a utilizar o poder da voz, o poder dos direitos.
não funciona com as submissas. essas continuam complicadas mesmo, e até eu não entendo!

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Teoria 26: O primeiro comentário define o sucesso do post.

A teoria: O primeiro comentário em um determinado post define todo os outros comentários ou a falta deles.

Quem comenta primeiro acaba por definir o tom e dimensão dos comentários posteriores. Por exemplo, se o primeiro comentário é do tipo blasée ("concordo parcialmente"), os outros tendem a seguir a mesma linha. Difícil quebrar o padrão do primeiro.

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Teoria 25: O machismo usa maquiagem.

A teoria: Quanto mais patriarcal (ou machista) a sociedade, mais maquiagem e apetrechos utilizam as mulheres. Em sociedades mais igualitárias, as mulheres andam mais ao natural, porque não há aquela imposição implícita de "estar bonita para agradar aos homens" que existe nas culturas de países sub-desenvolvidos (como o Brasil, por exemplo).

Essa teoria pode ser comprovada através de viagens para países desenvolvidos ou através da observação da caracterização dos personagens latinos nos filmes europeus e estadunidenses.

quinta-feira, 31 de julho de 2008

Teoria 24: uma vez contrariado, sempre contradizendo.

Teoria: se A fala algo que B discorda, mas B não consegue expor que A está errado - seja porque outra pessoa falou e mudou o assunto, seja porque não quis se dar ao trabalho de falar - a partir desse momento, tudo que A falar, B irá arranjar alguma falha na fala de A pra poder discordar.

Essa teoria é possível de observar em lugares que acontecem discussões agitadas, em salas de aula, em mesas de bar com pessoas não tão próximas, etc. Até então, não foi aplicada em pessoas que são amigas, apenas em conhecidos (amigos são mais fáceis de contrariar agilmente).


Enfim, observem e comprovem a veracidade.

segunda-feira, 28 de julho de 2008

Teoria 23: Só ouço o que já conheço.

Teoria: Quando estamos num ambiente em que há uma música de fundo, só notamos o fundo sonoro quando já conhecemos a música. Se não conhecemos, agimos como se a trilha sonora sequer existisse.

Essa teoria se aplica muito bem àquela citação de maio de 68 "Se as paredes têm ouvidos; seus ouvidos tem paredes." Pode parecer que o fundo musical é um simples detalhe, mas o fato de só ouvirmos a música que conhecemos denota uma enorme barreira sensitiva para o desconhecido.

Essa teoria pode ser comprovada em qualquer barzinho mais style que deixe a música tocando suavemente durante o intervalo da banda ou algo assim.

segunda-feira, 14 de julho de 2008

Teoria 22: assumindo compromissos

Teoria: Você só assume uma relação quando assume o parceiro/parceira para seus amigos.
Você se encontra em um relacionamento e mesmo dizendo aos outros que faz parte dele, tem vergonha de apresentar o seu par. Pode ser por medo de seus amigos julgarem que você merece algo melhor, ou por medo de ter certeza que esta não é sua melhor escolha.

Teoria de: Rayssa

domingo, 13 de julho de 2008

Teoria 21: amizades e inimizades

É muito comum ter amigos com amigos que você acha estranhíssimo. Depois de um tempo, você consegue notar a seguinte teoria:

o que mais te desagrada no seu amigo é justamente o que aproxima esse seu amigo de alguém que vc não gosta.

Assim, sendo vc A, B seu amigo e C seu não-amigo, porem amigo de B, o que fazem B e C serem amigos é exatamente o que faz enfraquece sua amizade com B.

Depois de tanto tempo, era de se esperar uma teoria única. Admito que essa não é grande coisa, foi um simples ato de desespero. Mas dêem um crédito à pobrezinha e analise.

terça-feira, 10 de junho de 2008

Teoria 20: E quando a morte cai bem?

A teoria: Suicidas se matam para fazer alguém se sentir culpado.


Há duas causas para os suicídios em geral:

Ou a pessoa se mata devido à dívidas exorbitantes (mais raro, porém existe);

Ou o indivíduo se mata devido a alguma paixão mal-sucedida ("coração burro da porra").


Em ambos os casos, o suicida usa a própria morte para culpar aqueles que supostamente o levaram ao ato. No caso do suicídio por paixão isso é bem mais evidente (geralmente o bilhete de despedida deixa um recado bem ressentido para o alvo da paixão). Já no caso do suicídio por dívidas, por ser uma relação menos pessoal, o suicida talvez não atinja seu objetivo (de deixar seus credores se sentindo culpados) mas geralmente essa intenção também é deixada bem destacada nos bilhetes de despedidas. Para comprovar essa teoria, podemos usar nós mesmos como referência. Oras, quem é que nunca ficou imaginando o próprio velório e se questionando se aquela pessoa que te magoou estaria lá se debulhando em lágrimas? A única coisa que nos separa dos suicidas é o ato em si; os pensamentos nem tanto.

O negócio é evitar paixões destruidoras e não ouvir Radiohead.

segunda-feira, 2 de junho de 2008

Teoria 19: O fim dos diálogos

Teoria: o diálogo está entrando em extinção para abrir espaço aos monólogos.

Desenvolvimento: É claro que ainda há os que se salvam e disseminam a arte de estabelecer diálogos, mas a moda disseminada cada vez mais é a de monologar. O que seriam os monólogos? As pessoas ouvem as outras apenas para perceber o ponto final e então emendar a sua fala. E claro, aproveitam o tempo que a outra pessoa desgasta suas cordas vocais para elaborar o que falará de tão sensacional. São raros os momentos em que se exerce o ato de escutar, processar a fala do outro e então devolver uma resposta.

Hipóteses: Talvez haja uma epidemia de transtorno de linguagem. Talvez as pessoas acham que não há nada de interessante na fala do outro. Talvez as pessoas se achem interessante demais...

sábado, 24 de maio de 2008

Teoria 18: a última checada e o desapego com o passado

A teoria: as pessoas que, quando se levantam para sair de um lugar olham para trás para ver se deixaram algo cair ou esqueceram de pegar algo são pessoas mais apegadas a sua história, tendem a formar raízes por onde passa, com pessoas, lugares, etc.

Isso vale ao contrário. Pessoas que não fazem isso tendem a serem mais desapegadas a seu passado, sua vida e as pessoas com quem se relaciona.
É isso.

sábado, 17 de maio de 2008

Teoria 17: Crise com os progenitores.

A teoria: Pessoas que possuem sérias divergências com os progenitores dificilmente conseguem namorar pessoas que têm boa relação com estes.

O que acontece é que aquele que não se dá bem com a família, se sente vazio e tem uma grande tendência a colocar o(a) namorado(a) em primeiro lugar. Já quem se sente acolhido pela família tem maior dificuldade de priorizar as paixões e não consegue entender a carência do outro, porque já se sente preenchido com seus membros familiares.

Teoria 16: Interlocutor que não entende seu nome.

Baseado em fatos reais.

-Qual seu nome?
-Telma.
-O quê? Ema?
-Não, Telma.

Outra situação.

-Qual seu nome?
-Sara.
-O quê? Fada?
-Não, S-A-R-A.

A teoria: Toda vez que alguém pergunta seu nome e não entende sua resposta é porque vocês não se darão bem.

O que acontece é que aparentemente nossos sentidos ficam prejudicados quando pessoas que não estão em sintonia com a gente se aproximam, logo a fala ou a audição falham. Então não importa se foi você quem perguntou ou quem respondeu o nome; se teve que perguntar ou responder de novo: acabou, a pessoa não serve! É incrível como funciona essa teoria. Essa abordagem inicial é decisiva. Por isso, preste muita atenção quando perguntar o nome de alguém; não entender a resposta pode significar a extinção daquele contato.

P.S.: Essa teoria não se aplica aqueles nomes super exóticos originários de alguma comunidade agrária do centro-oeste da Transilvânia.

P.S.2: Há também o fator língua presa, mas não importa; quem perguntou o nome precisa estar pronto para desvendar a resposta.

terça-feira, 22 de abril de 2008

Teoria 15: A guerra dos sexos já está ganha.

Na verdade, essa teoria é dupla; ela tem dois enunciados complementares e pode ser comprovada empiricamente todos os dias. Pode até ser tese de doutorado de alguém que se interesse por psicanálise.
A teoria é: Homens não buscam uma namorada; buscam uma segunda mãe.
A causa disso é outra teoria: a maioria das mulheres acreditam que nasceram especificamente para agradar aos homens.
Isso justifica muito o porquê dos homens serem mais infantilizados ( o velho clichê "homens demoram mais a amadurecer"). Essa 'maternidade' estranha nos casais chega a tal ponto que já vi vários homens chamarem suas esposas de 'mamãe' no dia-a-dia. E já ouvi várias esposas dizerem que o marido 'é o filho mais velho'. Uau, isso deixaria Freud em êxtase.
Então quando você, homem, estiver se arrumando para uma festa e pedir para sua namorada escolher uma camisa para você ou arrumar a gravata no seu colarinho, lembre-se: de quem mesmo eram essas funções antes de você chegar à puberdade?
Assim, quando você, mulher, estiver pedindo para um cabeleireiro mudar a cor de seu cabelo e argumenta: "tem que mudar um pouco, senão meu marido enjoa e arruma outra." Lembre-se, seu objetivo de vida maior não deveria ser agradar seu marido (que provavelmente desde que casou com você não mudou em nada o visual e, se mudou, foi a barriga que cresceu), mas simplesmente o velho clichê 'se sentir bem consigo mesma' (e isso é tão lugar-comum que eu nem deveria ter que escrever aqui).



Contra-argumentem ou concordem à contragosto.

quarta-feira, 9 de abril de 2008

Teoria 14: Trabalhos e Provas

Em homenagem a nossa querida prova arcaica de ontem, exponho aqui a minha teoria sobre Trabalhos e Provas, que surgiu em uma discussão com um professor do nosso queridíssimo excelentíssimo Eixo Biológico, o Soberano. Já antecipo que essa teoria parece mais uma constatação, visto que ninguém discorda e parece óbvio. Mas vou postar mesmo assim.

Teoria: Na prova, visamos nota. No trabalho, acabamos focando mais no entendimento. Dessa forma, em trabalho se aprende mais que em prova.

A questão é que no trabalho normalmente você tem um tempo para se envolver e relacionar com o tema. A prova é algo ultrapassado, em que contabilizamos nosso aprendizado em questões mal formuladas que não na maioria das vezes não permite que o aluno consiga mostrar o que aprendeu, e sim o quanto aprendeu do conteúdo cobrado em algumas questões e o quanto ele merece com isso. Ah, e tudo isso sob um momento de pressão, que é um professor na frente te observando escrever em um papel, dentro de perguntas limitadas, o quanto você sabe de algo que ele sabe muito.

Enfim, trabalho é muito mais interessante. Copiando Antonio Prata, "prova é de direita, trabalho é de esquerda."

sábado, 29 de março de 2008

Teoria 13: Comodismo nas relações

Teoria recente.
A idéia é: podemos nos considerar acomodados em uma relação quando estamos com a pessoa pelo contexto que é possível estar inserido estando com ela, e não pelo prazer que estar com esta pessoa especificamente pode proporcionar. Ou seja, se extrairmos a pessoa do cenário e encaixarmos alguém de seu interesse no lugar, daria na mesma.

Exemplos: se vc tiver uma companhia igualmente ou mais interessante para ir para uma festa, assistir a um filme ou tomar um sorvete, sem precisar passar pelo stress de um término de relação, pelo nervoso de conhecer alguém que lhe dê segurança e que não terminará inesperadamente, você estará satisfeito.

quarta-feira, 19 de março de 2008

Teoria 12: Expectativa dos arredores.

Essa teoria eu criei observando ambientes escolares e familiares. É pura neurolinguística.

A teoria: As pessoas agem (e reagem) exatamente como as outras ao seu redor esperam que elas ajam (ou reajam).

Situação 1: Em uma família, há três filhos. O caçula é nitidamente visto como o ovelha negra. Talvez devido a alguma situação banal que poderia ter acontecido com qualquer um (quebrar a televisão da vizinha, por exemplo). A partir do momento que o caçula sente o rótulo que lhe é imposto, começa a ter atitudes de acordo com a expectativa da família. Então ele, para não se sentir sem identidade, se comporta de forma rebelde e insensata. E, assim, a família se satisfaz com o "encaixe" do caçula no seu devido estereótipo.

Situação 2: Início de faculdade. 40 alunos. Um aluno se mostra extremamente participativo e estudioso. Depois de um determinado tempo, os colegas juntamente com os professores começam a tratá-lo como o célebre sabe-tudo. E, por mais que se sinta desconfortável em tal papel, o aluno não consegue se desfazer de tal fardo. Se não age como um exímio nerd, sente culpa. Logo, ele continua sendo estudioso e participativo para corresponder às expectativas daqueles que o cercam.

Estudado e comprovado. Caso alguém pense que causa e consequência se misturam nesse caso, lhes explico: uma atitude qualquer pode gerar um rótulo. O problema é que aquilo que poderia ser uma atitude isolada acaba se tornando um comportamento contínuo em função do rótulo já estabelecido. Contra-argumentações?

quinta-feira, 13 de março de 2008

Teoria 11: Conceito de traição para homem e mulher

Teoria postada por Lucio, nos comentários da Teoria número 6:

Situação: Confissão grave em um relacionamento.

Teoria: Homens preferem se deparar com a situação "estou apaixonada por outro" mas que ela não tenha tido um caso com o outro cara. Mulheres preferem a situação "sim, nós dormimos juntos" mas saber q foi um caso de momento, e que não significou nada para ele.

Agora a teoria que desenvolvi diante desta:

Quando o homem trai a mulher com uma qualquer, ela aceita por achar "coisa de homem",
mas não aceita de jeito nenhum quando ele se apaixona por outra, porque é um tapa na cara pra ela, que acha que falhou em algum momento na relação amorosa.

Quando a mulher trai o homem porque se apaixona, o homem pensa que "é típico de mulher",
mas não aceita de jeito nenhum quando ela trai com outro qualquer, porque é como se jogasse na cara que ele falhou em algum momento, sexualmente.

Seria crime dizer que essa teoria absurdamente genial é minha. Devo muito às inúmeras conversas com a Kinna sobre relacionamentos homem x mulher, ao Lu (principalmente por ser meu maior exemplo masculino) e pela Loli, que discutiu comigo essa teoria para chegar a tal formulação.

Teoria 10: Números Ímpares

Essa teoria foi a primeira que eu passei para palavras, a vez que eu gritei pro mundo pela primeira vez "Eu tenho uma teoria!" , e eu quis postar pra complementar a teoria da Kinna sobre "a imposição da vida a dois". Foi também, assim como a dos bebês, baseada na simples observação das pessoas em público.

Teoria: em um grupo grande, se for em número ímpar de pessoas, sempre terá alguém se sentindo isolado. Esse sentimento pode revezar entre as pessoas reunidas ou ter um azarado que carregará o fardo sozinho.

Quanto maior for o grupo, maior a chance de dar certo. Apesar que, em trios, quando não há um forte esforço de pelo menos um dos componentes em fazer todos se sentirem incluidos, essa questão fica gritante. Dividir comida em 3, sentar em 3, conversar em 3... talvez dê mais trabalho fazer malabarismos num programa a 3 para ele dar certo do que correr uma maratona.

É triste, mas é apenas uma consequência desse mundo feito pra dois...

Teoria 9: A reviravolta dos bebês

Essa teoria é simplista, exige mera observação física, e até hoje nunca apareceram contradições:

Bebês/crianças pequenas magras viram pessoas gordinhas/obesas quando crescem e bebês/crianças pequenas gordas se tornam pessoas magrinhas.

Não tem como desenvolver, é só isso. Parece bobo, mas é assustador. E se alguém postar um comentário contradizendo a minha teoria eu vou ficar muito frustrada. Mas fiquem a vontade para concordar com ela!

Teoria 8: Alunos de Psicologia

A teoria foi criada ontem no almoço, entre uma aula de Experimental e outra de Neuro.

A teoria é a seguinte: o curso de Psicologia mistura dois tipos de pessoas que aparentemente nunca se relacionariam - os que observam e os que gostam de ser observados; os que chamam a atenção e aqueles que atendem aos pedidos.

Quem nunca ouviu: "eu faço psicologia porque quero me conhecer melhor"? Em contraponto, quem nunca viu um estudante de psicologia, quieto no meio de uma mesa do bar em que todos vomitam casos de suas vidas, apenas observando, observando...?

Na maior viagem durante o almoço, foi concluído que a psicologia é como uma mágica, que te dá poderes para usar para o próprio bem, ou para... bom, não é para o bem alheio, mas sei lá.

Talvez seja meio antecipado postar uma teoria criada ontem, mas a pressão para escrever aqui anda muito grande. Até porque, tá ficando feio meu baixo teor de teorias publicadas comparado com as da Kinna. Estou começando a enteder a pressão que os professores de Universidades sentem pra publicar o maior número de artigos.

Teoria 7: A duvidadosa (bi)sexualidade masculina.

Essa é uma teoria que eu criei naquela época em que ser "bi" estava na moda (aliás, a moda já passou?). Então todo mundo beijava todo mundo e se achava super descolado em virtude disso. Depois de muitas conversas sobre sexualidade com amigos e amigas das mais diversas orientações sexuais, constatei que a bissexualidade masculina é realmente duvidosa.

A teoria: Não existe bissexualidade masculina.

Argumentação: A sexualidade masculina é definida biologicamente (aquela história de níveis de testosterona no organismo da mãe realmente faz sentido), por isso a rigidez da sexualidade dos homens em geral. Um homem para beijar outro homem precisa sentir uma enorme atração para superar a questão "barba com barba ou pêlo com pêlo". As barreiras que eles precisam transpor são muito maiores devido ao machismo nosso de cada dia. Já a sexualidade feminina é mais flexível e pode ser moldada socialmente. Oras, as mulheres são oprimidas desde a mais tenra infância. Até para tirar a calcinha do bumbum, as menininhas tem que tomar cuidado para que não haja homens olhando; "isso é feio". Tudo que é "bonitinho" para os meninos, é "feio" para as meninas. Logo, pode-se esperar que, muitas mulheres se descubram bissexuais como forma de se rebelarem à opressão promovida pelo sexo masculino e pela sociedade em geral.
E que se queimem os sutiãs por aí.

Teoria que eu comentei com poucas pessoas, mas que já gerou muitas opiniões exaltadas a respeito. Talvez seja simplista demais para um assunto tão complexo, mas pode ser o início de uma grande descoberta. Se o enigma da sexualidade humana estiver resolvido, mereço desfilar no carro double deck da parada gay de São Paulo.

quarta-feira, 12 de março de 2008

Teoria 6: Sensações e Aparências

Bom, essa teoria é uma teoria minha, mas que tem muito mais cara de teoria da Kinna.

A chamada é agressiva: mulheres falam mais do que sentem e homens sentem mais do que falam.

Desenvolvimento: Acredito que a mulher é muito mais preocupada em demonstrar o sentimento, torná-lo único e grandioso. Não acho que seja por sermos falsas. É simples: desde a infância somos estimuladas a dizer de quem gostamos, porque gostamos e o quanto gostamos.
O homem, livre de qualquer pressão em verbalizar seus sentimentos (muito pelo contrário, em alguns momentos é obrigado a esconder), tem um espaço muito maior para simplesmente sentir.

A mulher tem que, quando sente, entender logo o que está sentindo.

Não consigo exemplificar, mas aceito opiniões masculinas.

terça-feira, 11 de março de 2008

Teoria 5: O pensamento premonitório.

Criei esta teoria depois de muitas vezes ter sido desacreditada após contar a amigos e parentes meus presságios e eles nunca acontecerem. Se minha sensibilidade premonitória nunca foi levada a sério, criei uma teoria para explicar o porquê das falhas de minhas previsões.

Teoria: A "premonição" uma vez contada para alguém não se realiza. Mas se você tiver um pensamento premonitório e o mantiver em segredo, o maldito se realiza instantaneamente.

Situação 1: Duas amigas estão se arrumando para ir numa balada aleatória. Uma delas é totalmente apaixonada pelo professor de história- um cara trintão, intelectual e caseiro. A outra em um insight magnífico pressente que o docente estará na balada (apesar da faixa etária e estilo do professor indicarem uma grande impossibilidade de que este frequentasse uma balada). Ao comentar com a amiga apaixonada causa profundo entusiasmo. Tal entusiasmo, no entanto, é frustrado quando ambas já na pista de dança há horas percebem que não há nem sinal do historiador charmoso. A amiga "vidente" é totalmente desacreditada para o resto de sua amizade com a outra.

Situação 2: Uma família está indo viajar de carro. 770 km de percurso em uma estrada em ótimo estado. O carro é novo e o motorista super astuto. O filho mais velho, antes de entrar no carro, "sente" que um acidente vai acontecer. Mas, por medo de parecer neurótico, não comenta nada com o restante da família. 400 km após, em um engarrafamento, o carro de trás desgovernado bate na traseira do carro da família em questão.

Premonição acertada é premonição não-comentada. Simple as that.
Talvez alguma religião consiga refutar essa teoria. Estou sempre à espera.

P.S.: Sim, overdose de mim por aqui, quem sabe assim a outra colaboradora sinta a pressão para postar?

Teoria 4: Pessoas em lugares vazios.

Essa teoria foi criada depois de anos sociofóbicos tentando um refúgio num lugar isolado qualquer; tentativas frustradas de me isolar me levaram a constatar: as pessoas estão sempre pelos arredores. É incrível. Divido a autoria desta teoria com meu excelentíssimo monsieur sociofóbico e igualmente teórico.

A teoria: Pessoas que estão em lugares extremamente vazios buscam ficar perto de outras pessoas.

Situação 1: Praia. Dez graus célsius. Muito vento. Nenhum banhista. Homem que caminhava pela praia resolve a sentar na areia e comer um sanduíche. Pouco tempo depois, um casal de velhinhos senta há alguns metros do homem ainda que haja mais de 10 km de areia como opção.

Situação 2: Metrô. Bancos vazios. Você, entediada, resolve sentar e ler um pouco. Em menos de 10 min, uma senhora senta ao seu lado extremamente concentrada na leitura de uma revista. Coincidência? NO WAY. As pessoas estão sempre em busca uma das outras. Situações sem interesse sexual comprovadas empiricamente ( antes que venham contestar minha teoria alegando que tudo se baseia no mais primitivo instinto de reprodução).

P.S.: Essa teoria não se aplica a casais de namorados no auge da paixão.

Teoria 3: a imposição da vida "a dois".

Depois de longas duas semanas em recesso, resolvi postar hoje uma teoria bem antiga e bem simples. Essa teoria foi elaborada ao longo destes anos em que morei sozinha e, por conseguinte, vivi várias situações como um solitário número ímpar oprimido em um universo onde formar um par é uma imposição.

A teoria: O mundo é feito para duas pessoas. Pessoas "avulsas" não tem espaço para continuarem avulsas. Simples assim. Poltronas de ônibus, mesas de restaurante, carrinhos de montanha-russa, porções de comida, teleféricos, poltronas de trás dos cinemas.

Situação 1: Você está sozinha na fila da montanha-russa do Hopi-Hari. Seus amigos todos não quiseram ir. Você torce para que o lugar ao seu lado fique vazio, mas obviamente isso não acontecerá. Assim que chega sua vez, um indivíduo nervoso e amedrontado é colocado no carrinho junto com você. E você que estava louca para receber uma dose de de adrenalina em paz, agora terá que interagir com o infeliz.

Situação 2: Você está na praça de alimentação de um shopping. Ao sentar à mesa com seu ínfimo almoço, uma família se aproxima e pergunta se pode sentar junto com você, porque não há mais mesas disponíveis. Você, obviamente, se submete com a certeza de que se estivesse minimamente acompanhada, a chance de tal situação acontecer seria potencialmente menor.

Aceito contra-argumentações. Num mundo tão individualista, a imposição de uma vida em pares soa como um deboche.

domingo, 24 de fevereiro de 2008

Teoria 2: a terceira pessoa no casal.

Ao criarmos este blog, fiz um esforço tremendo para tentar me lembrar do maior número de teorias possíveis. Não obtive muito sucesso (e isso daria uma teoria: por que nunca lembramos das teorias criadas quando queremos torná-las públicas?), uma vez que grande parte delas foi criada em bares ou em festas; o teor etílico assim como as trouxe, as levou embora antes que eu as registrasse. Então, escolhi uma teoria sobre paixão/ relacionamentos. Foi criada ano passado no meio de uma discussão de casal madrugada adentro.

A teoria: uma pessoa solteira que conviva muito com um casal acaba se interessando por uma das partes.

Situação: Um indivíduo qualquer fica sem lugar para morar por algum motivo familiar. Um casal amigo resolve chamá-lo para morar na casa deles temporariamente. A convivência com o casal (vamos pressupor um casal minimamente apaixonado), faz com que o indivíduo solteiro fique carente e queira algo igual. À princípio, com outra pessoa. Mas à medida que entra na intimidade do casal, ele começa a desejar uma das partes (dependendo de sua orientação sexual). É quase inevitável. Convivência a três é algo mais perigoso do que deixar o namorado passar o carnaval sozinho em Salvador. O resultado é imprevisível, corações podem quebrar e cabeças podem rolar (sim, trágica!).

Minha argumentação? Comprovei essa teoria sendo testemunha de algumas situações com as descrições acima. É genial, preventiva e inédita. Nunca a tinha tornado pública, devido ao seu caráter polêmico, mas me dei conta que poderia salvar muitos namoros, casamentos e amizades se a divulgasse. Apesar de considerar esta uma teoria um tanto quanto irrefutável -quase uma lei- contra-argumentações são bem-vindas.

P.S.: Não recomendo que alguém viva esta situação com a intenção de destruir minha teoria.

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

Teoria 1: Espirro

Não sabia muito bem qual teoria postar primeiro. Esperei a Kinna "quebrar o gelo" no Blog, mas ela nunca apareceu. Eu a perdôo pela sua falta de teto.
Enfim, na dúvida do que postar, procurei por sinais, e uma gripe inesperada me fazendo espirrar que nem uma retardada me fez pensar em escrever a teoria do espirro, formulada não lembro muito bem quando, mas dita em voz alta pela primeira vez num bar em que disparávamos teorias uma atrás da outra.

A questão é: pessoas dizem saúde quando querem falar, ou estabelecer algum sinal de comunicação com alguém.

Situação 1: um homem interessante ao lado. mulher tímida. o homem bonito espirra, mulher desesperadamente dispara: SAÚDE!

Situação 2: um debate agitado em uma reunião. pessoas esperando desesperadamente um momento para poder falar. e aí, um alérgio na sala dá a perfeita deixa: sim, ele espirra. e em troca, recebe um caloroso SAÚDE daqueles que estão com as palavras presas na garganta.

É brilhante, mas antes que algum mala venha dizer que mamãe o educou direitinho, digo que essa teoria não se aplica para àqueles que gritam saúde até quando uma pessoa tosse.
Observem, e argumentem!

Bel.

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

Simplista, categórico e generalista.

É essa a definição para esse blog, o que já impede qualquer contra-argumento.
Esse espaço é o resultado de um encontro não simplesmente de duas estudantes de psicologia, mas sim de duas assíduas observadoras de relações familiares, amorosas, acadêmicas e qualquer outro tipo de interação ou recusa desta.
Pode soar muitas vezes pretensioso, mas é isso mesmo. Sendo a maioria das teorias criadas em bares ou em conversas clandestinas no fundo da sala; e não em laboratórios, não dava para esperar nada muito além disso.

Divirtam-se, irritem-se e sintam-se a vontade para observar a veracidade da teoria e então trazer nos comentários a sua prova prática ou então contra-argumentá-la.
Kinna e Bel.